Processos educativos para o ensino da educação étnico-racial em regiões com comunidades tradicionais negras e indígenas
DOI:
https://doi.org/10.20435/inter.v25i3.4057Palavras-chave:
formação de professores, condições de trabalho, Pedagogia, comunidades tradicionaisResumo
O estudo buscou interpretar as dinâmicas de aprendizagem em condições regionais específicas do centro-oeste do Paraná, em torno da educação étnico-racial na formação de pedagogos. Por meio do diálogo entre a Antropologia da Educação e a Psicologia Social, a metodologia das constelações de aprendizagem foi utilizada para investigar a formação inicial (2005-2015), a prática pedagógica (2015-2017) e o curso de formação continuada sobre a educação para as relações étnico-raciais (2015-2017). Os professores foram selecionados por meio desses recortes educacionais, a partir dessa formação continuada. A região do centro-oeste do Paraná concentra o maior número de grupos étnico-raciais do estado por comunidades indígenas (Kaingang e Guarani) e quilombolas, o que oportuniza, a priori, uma aproximação com essas comunidades tradicionais e a dinâmica de seus saberes. No entanto, diante de situações de conflito de terras, os saberes etnocêntricos prevaleceram na centralidade da formação de pedagogos, o que gerou práticas refratárias contra os saberes étnico-raciais. Concluiu-se que, diante da dinâmica interpretativa proposta, as condições laborais acerca da rotatividade de contratos e deslocamentos de professores para o trabalho são as principais invariantes que dificultam a proximidade dos formadores com a realidade local, juntamente com as relações de poder local, a qual engendra práticas pedagógicas refratárias à proposição de experiência pedagógica das relações raciais no cotidiano escolar, desde a formação inicial em Pedagogia até a atuação como professor.
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