Construcción de la política de salud en Brasil: un análisis sociohistórico

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.20435/inter.v25i4.4313

Palabras clave:

Constitución Federal. Democracia. Octava Conferencia Nacional de Salud Política de Salud Reforma de Salud.

Resumen

Con fin de recuperar el proceso de formación y organización del movimiento de reforma sanitaria en Brasil, este artículo retrata la construcción de la política sanitaria entre la década de 1970 y el movimiento preconstitucional. Se trata de un estudio histórico basado en revisión bibliográfica y el análisis documental de las Actas de la 8ª Conferencia Nacional de Salud de 1986. La perspectiva historiográfica adoptada busca presentar elementos sociohistóricos que demuestren los valores, principios, instituciones y líneas discursivas utilizadas en la construcción de las bases teóricas y sociales que movilizaron la formulación de política universal de salud. A pesar de numerosas publicaciones sobre la constitución del SUS, el diferencial del estudio consiste en mostrar que la construcción de la política pública ocurrió en un sistema down-up, desde la movilización de actores e instituciones que construyeron una línea de debate basada en el entendimiento de que la movilización de actores políticos y sociales debía hacerse por lo uso racional de razones, incorporando elementos del materialismo histórico, en una acción que rompía con un debate únicamente sectorial y se comunicaba con las demandas de la sociedad. Es evidente que los argumentos utilizados en defensa de la construcción del derecho a la salud acabaron influyendo en la comprensión de la democracia y en las dimensiones de los derechos que la sociedad quería construir en aquel momento histórico. Frente al escenario actual, en el que estudios muestran un distanciamiento de la participación social y nuevos desafíos para la consolidación de la democracia, especialmente en lo que se refiere a los daños causados por la difusión de información falsa sobre salud, sistematizar y revisar el proceso seguido por el movimiento de reforma sanitaria puede señalar formas de entender la salud como derecho social y parte integrante de un proyecto de desarrollo para el país.

Biografía del autor/a

Patrícia De Carli, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ)

Estágio pós-doutoral em Desenvolvimento Regional pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). Doutora em Desenvolvimento Regional pela UNIJUÍ. Assessora Jurídica da Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul.

Sérgio Luís Allebrandt, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ)

Doutor em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Professor Titular Sênior da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ) e atua como professor permanente no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, Mestrado e Doutorado (PPGDR/UNIJUÍ). Bolsista de Produtividade em Pesquisa N-2 do CNPq.

Airton Adelar Mueller, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ)

Doutor em Sociologia pela Freie Universität Berlin, Alemanha. Professor/pesquisador no Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ).

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Publicado

2024-12-18

Cómo citar

De Carli, P., Allebrandt, S. L., & Mueller, A. A. (2024). Construcción de la política de salud en Brasil: un análisis sociohistórico. Interações (Campo Grande), 25(4), e2544313. https://doi.org/10.20435/inter.v25i4.4313