Necessidade de Avaliação Ambiental Estratégica na Rota Bioceânica em Mato Grosso do Sul

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/inter.v24i4.4167

Palavras-chave:

Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), Rota Bioceânica, impacto ambiental

Resumo

Este artigo aborda a necessidade de utilizar a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) como
instrumento para avaliar os impactos ambientais decorrentes da implantação da Rota Bioceânica em Mato
Grosso do Sul, também conhecida como Corredor Bioceânico ou Rota de Integração Latino-Americana (RILA).
O objetivo principal é examinar a falta de ação coordenada na previsão dos impactos ambientais dessa rota
e identificar os melhores instrumentos jurídicos dentro do sistema brasileiro para realizar essa avaliação.
A metodologia utilizada inclui revisão bibliográfica, análise de dados documentais de órgãos públicos e
investigação da legislação relacionada ao tema. O modelo de desenvolvimento brasileiro, que prioriza
interesses econômicos, requer a proteção de outras questões, especialmente as ambientais. A tomada
de decisões sobre políticas públicas deve ser permeada pelo princípio do desenvolvimento sustentável,
envolvendo a participação e conscientização da coletividade. O artigo analisa diferentes instrumentos de
Avaliação de Impactos Ambientais (AIA), como o Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e seu Relatório de
Impacto Ambiental, além das Avaliações Ambientais Estratégica e Integrada. Como estratégia para enfrentar
as possíveis consequências negativas da Rota Bioceânica, propõe-se a implementação da AAE como política, promovendo maior transparência governamental e conexão entre economia, qualidade de vida e meio
ambiente. Os autores argumentam que, no caso da Rota Bioceânica, a AAE é o instrumento mais adequado
para avaliar os impactos ambientais e sociais decorrentes desse empreendimento. Em suma, a implementação
da Rota Bioceânica em Mato Grosso do Sul requer uma análise abrangente dos impactos ambientais e a
adoção de medidas adequadas para mitigar possíveis consequências negativas. A utilização da Avaliação
Ambiental Estratégica (AAE) se apresenta como uma solução promissora para avaliar e gerenciar os efeitos
dessa rota, assegurando um desenvolvimento sustentável e equilibrado para a região. 

Biografia do Autor

Joelma Fernandes Arguelho, Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil.

Mestranda em Desenvolvimento Local pela Universidade Católica
Dom Bosco (UCDB), com ênfase para o Patrimônio Cultural – Bolsista pela CAPES. Pós-graduada
em Artes Visuais – Cultura e Criação – pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
(Senac). Aluna do curso de Gestão e Prática de Obras de Conservação e Restauro do Patrimônio
Cultural. Graduada em Artes Visuais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS),
em Artes Visuais – Licenciatura – pela Faculdade Mozarteum de São Paulo e em Arquitetura e
Urbanismo pela UFMS. Servidora efetiva da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Campo
Grande, como Gerente de Patrimônio Cultural.

Luciano Furtado Loubet, Universidade de Alicante – Espanha

Doutorando em Direito Ambiental e da Sustentabilidade pela
Universidade de Alicante, Espanha, em cotutela com a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) em
Desenvolvimento Regional. Mestre em Direito Ambiental e da Sustentabilidade pela Universidade
de Alicante. Promotor de Justiça do Núcleo Ambiental.

Carmen de Eugenio, Prefeitura Municipal de Campo Grande

Mestranda em Desenvolvimento Local pela Universidade Católica Dom Bosco
(UCDB). Pós-graduada em Direito e Gestão Pública e bacharel em Direito pela UCDB. Professora
de Artes na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Gestora da Secretaria Municipal
de Cultura e Turismo (Sectur), na Prefeitura de Campo Grande. Membro da União Brasileira de
Escritores de MS e da Academia de Letras do Brasil – CG.

Pedro Pereira Borge, Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil.

Doutor e mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo (PUC-SP). Licenciado em Pedagogia pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).
Graduado em Teologia pelo Instituto Santo Tomás de Aquino, e em Filosofia pela UCDB. Atualmente
trabalha no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Local, mestrado e doutorado,
da Universidade Católica Dom Bosco. Possui experiência em Ciência Política, com ênfase em
Ciência Política, trabalhando principalmente nos seguintes temas: religião, identidade, educação,
Estado-nação e história.

Referências

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS [ANA]. Nota Técnica Conjunta No. 3/2020/SPR/SER, de 31 de maio de 2020. Análise integrada dos efeitos da implantação de AHEs na RH Paraguai. Brasília, DF, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/ana/pt-br/assuntos/gestao-das-aguas/planos-e-estudos-sobre-rec-hidricos/plano-de-recursos-hidricos-rio-paraguai/09-nt-3_2020_spr_sre.pdf. Acesso em: 29 maio 2023.

ANTUNES, Paulo Bessa. Direito Ambiental. 6. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2002.

ASATO, Thiago Andrade. A Rota Bioceânica como campo de possibilidades para o desenvolvimento da atividade turística. 2021. 179 p. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Local) – Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande, MS, 2021.

BARROS, Pedro Silva; PADULA, Rafael; SEVERO, Luciano Wexell; SAMURIO, Sofia Escobar; GONÇALVES, Julia de Souza Borba. Corredor Bioceânico de Mato Grosso do Sul ao Pacífico: produção e comércio na Rota da Integração Sul-Americana. Campo Grande, MS: UEMS; Brasília: Ipea: 2020.

BRASIL. Ministério dos Transportes. Projeto de reavaliação de estimativas e metas do PNLT. Relatório Final. Brasília, DF: Logit, 2012. Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transporte-terrestre_antigo/pnlt-relatorio-executivo-2011. Acesso em: 26 mar. 2023.

CAMILO-PEREIRA, Ana Paula; ABRITA, Mateus Boldrine; FONSECA, Rafael Oliveira. Circulação, desenvolvimento econômico e ordenamento territorial: elementos teóricos para análises de pesquisas sobre a Rota de Integração Latino Americana. Confins, [s.l.], n. 50, [s.p.], jun. 2021. Disponível em: https://www.journals.openedititon.org/confins/37445. Acesso em: 26 mar. 2023.

CASTRO, João Carlos Parkinson. Turismo como instrumento dinamizador do Corredor Rodoviário Bioceânico. Interacões, Campo Grande, MS, v. 20, n. especial, p. 19-29, 2019.

FERRI, Giovani; MATTEI, Silvia; MEDEIROS, Isadora da Silva. A Avaliação Ambiental Integradas nos Empreendimentos Hidrelétricos do Estado do Paraná. MP, Justiça e Sociedade, Curitiba, v. 4, [s.p.], 2022. Disponível em: https://escolasuperior.mppr.mp.br/arquivos/Image/publicacoes/MP-Justica-e-Sociedade-Volume4.pdf. Acesso em: 29 maio 2023.

INSTITUTO DE MEIO AMBIENTE DE MATO GROSSO DO SUL [IMASUL]. Avaliação Ambiental Estratégica sub-Bacia do Rio Verde. Campo Grande, MS: IMASUL, 2008. Disponível em: https://www.imasul.ms.gov.br/avaliacao-ambiental-estrategica-sub-bacia-do-rio-verde/. Acesso em: 29 abr. 2023.

LOUBET, Luciano Furtado. Regime jurídico do ecoturismo e o papel do Ministério Público em sua defesa e controle. Revista Jus Navigandi, Teresinha, ano 16, n. 2809, 11 mar. 2011. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/18654. Acesso: 29 maio 2023.

MACIEL, Marcela Albuquerque. Compensação Ambiental: instrumento para a implementação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. São Paulo: Letras Jurídicas, 2012.

MARCHESAN, Ana Maria Moreira. A reinvenção da natureza e da realidade: a fragmentação como prática nociva à proteção ambiental. In: BORRATI, Larissa Verri; LEITE, José Rubens Morato; CAVEDON-CAPDEVILLE, Fernanda Salles. Direito Ambiental e Geografia. São Paulo: Ed. Lumen Juris, 2020. p. 201-36.

MAZZILLI, Hugo Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo. São Paulo: Saraiva, 2001.

SANCHES, Luiz Enrique. Avaliação Ambiental Estratégica e sua Aplicação no Brasil, 2008. Disponível em: http://www.iea.usp.br/publicacoes/textos/aaeartigo.pdf/at_download/file. Acesso em: 14 mar. 2023.

SOBRINHO, Jeremias. Estrutura das diretrizes da preservação do patrimônio cultural de Porto Murtinho. Projeto apoio ao desenvolvimento do plano diretor de Porto Murtinho. Campo Grande, MS: UFMS, 2021. 123 p.

TEIXEIRA, Izabella Mônica Vieira. O uso da avaliação ambiental estratégica no planejamento da oferta de blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil: uma proposta. 2008. 288 f. Tese (Doutorado em Engenharia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, 2008.

URBANO, Marcely Lopes Mendes; ALMEIDA, Maria Rita Raimundo. A Prática da Avaliação Ambiental Estratégica no Brasil: o caso de Minas Gerais. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE ENGENHARIA AMBIENTAL, 14., São Paulo, v. 3, n. 2, p. 88-98, out. 2016. Anais [...]. Disponível em: https://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/a-prtica-da-avaliao-ambiental-estratgica-no-brasil-o-caso-de-minas-gerais-23941. Acesso em: 29 maio 2023.

WILKE, Erick Push. Apontamentos sobre o Corredor Bioceânico Brasil-Norte do Chile: economia, logística, direito, história e turismo. Campo Grande: Life Editora, 2022.

Downloads

Publicado

2023-11-14

Como Citar

Arguelho, J. F., Loubet, L. F., de Eugenio, C., & Borge, P. P. (2023). Necessidade de Avaliação Ambiental Estratégica na Rota Bioceânica em Mato Grosso do Sul. Interações (Campo Grande), 24(4), e2444167. https://doi.org/10.20435/inter.v24i4.4167

Edição

Seção

DOSSIÊ III: O PAPEL DA UNIRILA NOS "DESAFIOS DA INTEGRAÇÃO NA ROTA BIOCEÂNICA (BRASIL, PARAGUAI, ARGENTINA E CHILE)"