A Rota de Integração Latino Americana (RILA), em face da Agenda 2030 da ONU
DOI:
https://doi.org/10.20435/inter.v24i4.4256Palavras-chave:
RILA, renda, trabalho, desenvolvimento sustentável, ODSResumo
A Rota de Integração Latino Americana (RILA), ou rota bioceânica, é um projeto, que visa a
integração do Mato Grosso do Sul com os Portos do Norte do Chile. A cidade de Porto Murtinho (MS), que
está localizado às margens do Rio Paraguai é onde está-se construindo uma ponte, que ligará esta cidade
ao município de Carmelo Peralta, no Paraguai. O desafio é que esse corredor seja um catalisador de
desenvolvimento, que amplie seus benefícios para além dos setores exportadores já consolidados,
mas que abra oportunidades para o fomento do comércio intrarregional, do turismo, da cultura, da
educação, conforme prevê os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, ODS. Este artigo tem como
objetivo discutir a RILA em face da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, ONU, a partir de um
debate sobre o conceito de desenvolvimento. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada na base de
dados do Scielo e em documentos do CEPAL, do IPEA, entre outros, com a adoção da metodologia da
análise de conteúdo de Bardin para discussão dos dados. Conclui-se que o desenvolvimento prometido
pelos governos brasileiros com a RILA deve ser um desenvolvimento inclusivo e sustentável para que de fato
traga prosperidade e paz para todos e não apenas para os exportadores de grão, celulose e carne, e que as
autoridades de Porto Murtinho, por meio de suas agendas de políticas públicas, em sintonia com
a Agenda 2030 da ONU, elaborem programas voltados para os trabalhadores, de modo que estes
possam trabalhar nos empregos que vão surgir.
Referências
ASATO, Thiago Andrade Asato; GONÇALVES, Débora Fittipaldi; WILKE, Erick Pusck. Perspectivas do Corredor Bioceânico para o Desenvolvimento Local no estado de MS: o caso de Porto Murtinho. Interações, Campo Grande, MS, v. 20, n. especial, p. 141-57, 2019. DOI: https://doi.org/10.20435/inter.v20iespecial.2476
AVARES, Milena Fernanda Bogler; BACH, Tatiana Marceda; WALTER, Silvana Anita. A relação entre atividades empreendedoras e o crescimento econômico: uma análise comparativa entre capitais brasileiras. Revista de Gestão dos Países de Língua Portuguesa, Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, p. 21-45, 2023. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rgplp/article/download/86051/83820. Acesso: 4 jul. 2023.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
BARROS, Pedro Silva et al. Corredor bioceânico de Mato Grosso do Sul ao pacífico: produção e comércio na rota da integração sul-americana. Campo Grande: UEMS; Brasília: Ipea: 2020. 186 p. Disponível em: https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/10598. Acesso: 20 jun. 2023.
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Desenvolvimento, progresso e crescimento econômico. Lua Nova, [s.l.], n. 93, [s.p.], dez. 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-64452014000300003.
CAMPOS, Luana. Rota Bioceânica – O que é e seus impactos diretos e indiretos. Ecoa, [s.l.], 2022. Disponível em: https://ecoa.org.br/rota-bioceanica-o-que-e-e-seus-impactos-diretos-e-indiretos/. Acesso: 20 jun. Acesso em: : 5 jul. 2023.
COMISIÓN ECONÓMICA PARA AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE [CEPAL]. Bulletin 392, n. 2, 2022.
CONSTANTINO, Michel; DORSA, Arlinda Cantero; BOSON, Daniel Silva; MENDES, Dany Rafael Fonseca. Caracterização econômica dos municípios sul-mato-grossenses do Corredor Bioceânico. Interações, Campo Grande, MS, v. 20, n. especial, p. 179-92, 2019. DOI: https://doi.org/10.20435/inter.v20iespecial.2119
DE OLIVEIRA, Ingra Freire. Uma análise do conceito de desenvolvimento sustentável através da comparação de agendas internacionais: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis (ICES). Repositório da UFPB, 2019. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/19694/1/IngraFreireDeOliveira_Dissert.pdf Acesso em: 5 jul. 2023.
WENZEL Fernanda, HOFMEISTER, Fernanda Naira; PAPINI, Pedro. Pantanal não tem lavouras, mas veneno da soja chega pelos rios e ameaça bioma. Portal OECO, [s.l.], 2021. Disponível em: https://oeco.org.br/reportagens/pantanal-nao-tem-lavouras-mas-veneno-da-soja-chega-pelos-rios-e-ameaca-bioma/. Acesso: 5 jul. 2023.
GAMARRA, Jhefferson. Porto Murtinho receberá R$ 400 milhões em investimentos com a Rota Bioceânica. Campo Grande News, Campo Grande, 2022, [on-line]. Disponível em: https://www.campograndenews.com.br/economia/porto-murtinho-recebera-r-400-milhoes-em-investimentos-com-a-rota-bioceanica. Acesso em: 10 ago. 2023.
G1. Rota Bioceânica: ponte sobre o Rio Paraguai começa a ser construída do lado paraguaio. Portal G1, Rio de Janeiro, 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2022/11/07/rota-bioceanica-obra-de-ponte-sobre-o-rio-paraguai-comeca-a-ser-construida-do-lado-paraguaio.ghtml. Acesso: 5 jul. 2023
G1-MS. Rota Bioceânica é viável e tem potencial para escoar US$ 1,5 bi em industrializados de MS, apontam estudos. Rio de Janeiro, 2019. Disponível em: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2019/05/11/rota-bioceanica-e-viavel-e-tem-potencial-para-escoar-us-15-bi-em-industrializados-de-ms-apontam-estudos. Acesso em: 20 jun. 2023.
IBGE. Porto Murtinho. Portal IBGE, 2017. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/porto-murtinho/pesquisa/38/0. Acesso em: 4 jul. 2023.
MIRANDA, Maria Geralda; AVELAR, Katia; FRIEDE, Reis. Capital social e os desafios do Corredor Bioceânico. Interações, Campo Grande, MS, v. 20, número especial, [s.p.], 2019. DOI: https://doi.org/10.20435/inter.v20iespecial.2538. Acesso em: 20 jun. 2029.
MODENA, Cassia. Estudo aponta falta de cooperação entre países na Rota Bioceânica. Campo Grande News, Campo Grande, MS, 13 ago. 2023.
NELSINHO. Senador. Os impactos da rota bioceânica no cenário econômico e contábil brasileiro. Conexão contábil - Centro Oeste, 2023. Disponível em: https://cfc.org.br/wp-content/uploads/2023/03/NELSON_Rota-Bioceanica_Evento-Contabilistas_07-03-23.pdf. Acesso em: 20 jun. 2023.
ODM-BRASIL. Os objetivos de desenvolvimento do milênio. Portal ODM-Brasil, 2000. Disponível em: http://www.odmbrasil.gov.br/os-objetivos-de-desenvolvimento-do-milenio. Acesso em: 8 jun. 2023.
OLIVEIRA, Valquíria De Araújo. A infraestrutura de transportes como política governamental para o desenvolvimento regional e a integração sul-americana: uma análise sobre as Rotas Bioceânicas em Mato Grosso do Sul. Dourados, MS: UFGD, 2010. Disponível em: https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1707. Acesso em: 5 jul. 2023.
ONU-BRASIL. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Portal das Nações Unidas, 2023. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs. Acesso em: 22 jun. 2023.
PUTNAM, Robert D. Comunidade e democracia: a experiência da Itália moderna. 5 ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
RENZI, Adriano; HENS, Aline Patrícia; RIPPEL, Ricardo. Desenvolvimento econômico: do crescimento à prosperidade. G&DR, Taubaté, v. 15, n. 6, edição especial, p. 65-77, nov. 2019. Disponível em: https://www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/article/view/5185. Acesso em: 4 jul. 2023.
ROMA, Julio César. Os objetivos de desenvolvimento do milênio e sua transição para os objetivos de desenvolvimento sustentável. Ciência e Cultura, São Paulo, v.71, n. 1, [s.p.], jan./mar. 2019. DOI: http://dx.doi.org/10.21800/2317-66602019000100011
ROTA OCEÂNICA. Avançada no lado paraguaio, obra da ponte sobre o Rio Paraguai começa em janeiro em MS, nov. 2022. Disponível em: https://rotabioceanica.com.br/2022/11/avancada-no-lado-paraguaio-obra-da-ponte-sobre-o-rio-paraguai-comeca-em-janeiro-em-ms/. Acesso: 5 jul. 2023.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Francisco Alexandre Araújo Barros, katia Eliane Santos Avelar, Patricia Maria Dusek, Maria Geralda Miranda
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.