A teoria de redes de Mark Granovetter e o debate sobre o fenômeno migratório
DOI:
https://doi.org/10.20435/inter.v25i2.3914Palavras-chave:
Mark Granovetter, Migrações, Teoria de Redes Sociais, Teoria da Força dos Laços FracosResumo
O presente artigo faz um ensaio teórico sobre movimentos migratórios a partir da Teoria de Redes Sociais de Mark Granovetter. Dentre os estudos do autor, teoria da imersão e a força dos laços fracos são o aporte teórico escolhido para a discussão. O objetivo é buscar entender como as redes sociais podem influenciar na tomada de decisão e no processo de migração dos indivíduos. Indo mais além, intenta-se mostrar que essa teoria também pode ser utilizada para compreender o fenômeno migratório em sentido mais amplo, percebendo as migrações internas, tendo em vista que a literatura se debruça primordialmente sobre a escala internacional. Pautada pela metodologia qualitativa, com método descritivo associado a uma pesquisa bibliográfica, pode-se verificar a relevância dos estudos de Granovetter sobre redes para os estudos migratórios, contrapondo-se às teorias neoclássicas e estruturalistas no sentido de que os sujeitos não são atomizados, isto é, a tomada de decisão leva em consideração a aprovação do círculo mais próximo. Além disso, dispõem de uma rede de contatos com outros emigrantes, e é primordialmente por meio destes que ocorre a disseminação das informações que o indivíduo precisa para o movimento, fazendo com que ele se autoperpetue.
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